sábado, 23 de abril de 2011

QUASE QUASE QUASE ...






sexta-feira, 15 de abril de 2011

Oliveira de Frades - Campeão de Juniores A zona Norte

Só para deixar uma nota, que o Oliveira de Frades foi campeão da Zona Norte, na altura com 36 pontos!!!! Acredito profundamente que fariamos mais ou menos , pelas minhas contas 35 pontos, pontos esses que fizemos o ano passado. Este dado é importante não para o facto de ser campeão, mas pelo espirito de competitividade que resultaria de os jogadores, alguns séniores já para o ano, terem continuado a competir. Mais um tiro no pé.......

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PRIMEIRA VITÓRIA !!

O GDR venceu!!! Até que enfim. Afinal o que estaria mal naquela equipa?? O que seria? Deixo para vocês a resposta....

QUANDO MUITA GENTE ENTENDIDA DA BOLA, ELOGIA PERMANENTEMENTE OS MESMOS ESQUECENDO-SE DE ALGUNS QUE SÃO DA MESMA GERAÇÃO DE MIÚDOS DA FORMAÇÃO DO GDR , APROVEITO PARA FALAR DE UM PEQUENO GRANDE JOGADOR : NELINHO.


NÃO ESCREVO PORQUE MARCOU O GOLO DA VITÓRIA, ESCREVO SIM PORQUE QUANDO CHEGUEI AOS JUNIORES A DO GDR, ERA UM JOGADOR COM QUALIDADES MAS ALGO PERDIDO E ABAFADO POR OUTRAS ESTRELAS DAS EQUIPAS ONDE JOGAVA.


FOI FEITO UM TRABALHO FANTÁSTICO COM O NELINHO , RELEMBRO QUE QUANDO CHEGUEI, UM DIRECTOR DO GDR DISSE-ME: MARCOS TENS DE PÔR A BRAÇADEIRA DE CAPITÃO NO NELINHO, POR VEZES NÃO DEIXA-LO TREINAR E DE VEZ EM QUANDO TEMOS DE IR BUSCA-LO A CASA, SENÃO ELE É SEMPRE EXPULSO!!!!!!!!!!!!!


E EU PENSEI : É PÁ, MAS O QUE É ISTO?


FALEI COM ELE, ELE QUE TEM UMA PERSONALIDADE BEM VINCADA, DISSE-LHE QUE IA TORNA-LO O MELHOR AVANÇADO DO DISTRITAL DE JUNIORES A, E O QUE SEI É QUE FEZ A MELHOR ÉPOCA DE SEMPRE, MARCANDO 27 GOLOS E CULMINANDO SENDO CONVOCADO PARA A SELECÇÃO DISTRITAL DE VISEU DE SUB 18.


E TUDO ISTO SEM A BRAÇADEIRA DE CAPITÃO...


TREINAVA NO GDR HÁ JÁ BASTANTE TEMPO, MAS NUNCA TINHA SIDO SEQUER CONVOCADO...


PARA MIM O AVANÇADO MAIS COMPLETO DA SUA GERAÇÃO, E UM DOS MELHORES QUE SURGIRÃO NO DISTRITO.


UM ABRAÇO GRANDE DO TEU MISTER.

domingo, 3 de abril de 2011

MISTER CARLOS CARVALHAL SOBRE LIDERANÇA

Liderar uma organização ou um grupo de homens tem tanto de difícil como de aliciante.


Fazê-lo num contexto de extrema dificuldade é um desafio para super-homens. Ao longo da minha vida e vivência desportiva tenho-me debatido com os mais diversos contextos. Por vezes os contextos são extremamente complicados: mau ambiente dos adeptos para com a equipa; mau ambiente social entre os jogadores; fraco apoio e protecção da administração ou direcção; forte agressividade e hostilidade da comunicação social para com a equipa e/ou treinador, etc… existe um inúmero conjunto de situações que podem fazer com que a liderança seja colocada à prova quase que ao limite!


O que pode então um líder fazer neste contexto de enorme agressividade?


A primeira palavra que me ocorre é JUNTAR! Sim, juntar pessoas! Jogadores, departamento médico, rouparia, administrativos que acompanham o dia-a-dia da equipa, directores, administradores, adeptos… Ao caminharmos para este primeiro objectivo vamos perceber claramente quem se quer “juntar” a “nós – equipa” que temos objectivos para cumprir!

As primeiras surpresas acontecem e temos que ser implacáveis e frontais com quem não quer vir para a “guerra” em comum com a equipa, definindo claramente as regras de funcionamento. Implacáveis para quem não tem comportamentos que privilegiem os interesses da equipa, e definidos ou redefinidos os objectivos, interessa separarem o fundamental do acessório.

Existe muito “ruído” exterior ao grupo, mas é com os jogadores e com as pessoas que gravitam no dia-a-dia, que apoiam o seu trabalho, que se podem ganhar jogos.

Por sua vez, só ganhando jogos é que terminam as crises!

Assim, o fundamental é a melhoria das competências colectivas e individuais da equipa, tudo o resto é… importante, mas acessório! É fulcral focalizarmo-nos essencialmente dentro da estrutura, colocar toda a gente a trabalhar para os jogadores no sentido destes evidenciarem a capacidade de se concentrar e focar no essencial… melhorar para ser melhor, para ganhar! A tendência é “olhar para longe” quando o que os jogadores necessitam é de pequenos passos, que lhe permitam ir ganhando confiança!


Por exemplo, falar repetidamente do objectivo final (ser campeão, prova da UEFA, não descer de divisão), quando a equipa nem confiança tem para ganhar um jogo… treino!


Esta confiança para melhorar competências passa muito pelo conhecimento específico do seu líder. O jogador “sente” com muita facilidade se o líder o pode ajudar a melhorar competências individuais e colectivas que o podem levar a ganhar e ser melhor jogador. Este é um princípio importante de um líder, a sedução pela competência! A sedução de ser capaz de convencer um jogador que com as suas ideias a equipa vai ser mais forte e ele vai evoluir como jogador. Torna-se importantíssima para que gradativamente a confiança e as melhorias sejam visíveis. Este processo de sedução implica frontalidade, implica confiança e que se fale sempre a verdade aos jogadores.

Outros aspectos que devemos aproveitar são o facto de transformar a agressividade exterior em energia a nosso favor.

Para um bom líder não há nada melhor que um “inimigo” no exterior para defrontar! Conquistando o grupo, e existindo um forte elo emocional, o desafio é aliciante e com “inimigos” declarados é fácil a motivação e a mobilização de todos. Superado o mau momento, é importante retirar dividendos! Fazer lembrar ao grupo periodicamente o que se passou e o quanto se sofreu para superar essas dificuldades. O trabalho que todos tivemos para vencer e para que as pessoas reconhecessem o nosso trabalho; fazer desta a nossa “bandeira”, a qual importa transportar constantemente na nossa consciência.


O mais importante para a superação é o “fundamental”! É esta a grande ilação que temos que retirar destas experiências!

MISTER CARLOS CARVALHAL SOBRE LIDERANÇA

O que deve fazer um líder?
Em primeiro lugar o líder deve ter a capacidade de ANTECIPAR os acontecimentos! Estar atento a todos os sinais dos jogadores, o que se passa nas diversas relações revela-se muito importante, de forma a perceber o tipo de interacções e se há indícios de anormalidade comportamental entre os jogadores: no convívio social, antes dos treinos, nos balneários, no treino, no jogo, em diversas iniciativas onde os jogadores estão presentes.

Outra grande faculdade que deve ter um bom líder é saber OUVIR! Parece uma faculdade sensitiva muito simples, mas a verdade é que nem toda a gente sabe ouvir os outros, aqueles que estão e têm importância e intervenção na dinâmica da equipa: elementos da equipa técnica, jogadores, pessoal auxiliar do departamento médico, rouparia e relva, directores e pessoas que acompanham a equipa. Ao ouvir, muitas vezes mais do que falar, o líder vai ter mais informação sobre o envolvimento, percebendo-o, o que lhe permite tomar as melhores decisões. Se conseguir antecipar futuros problemas ou perceber que existem relações que se podem estar a deteriorar, deve intervir desenvolvendo estratégias de forma a tentar sanar ou minimizar esses possíveis conflitos.

Mesmo tendo uma grande capacidade do líder para ANTECIPAR e OUVIR, muitas vezes existem incompatibilidades entre jogadores que são quase inevitáveis! O que fazer então nestes casos? Em primeiro lugar, saber OUVIR os intervenientes individualmente e perceber se as razões dessa incompatibilidade são passíveis de se poderem solucionar! Se achar que o pode fazer, deve agir com discrição e com diálogo fazer uma mediação eficaz! Mas muitas vezes debatemo-nos com personalidades ou problemas que não parecem resolúveis a curto prazo e que podem afectar o ambiente colectivo da equipa.





Nestes casos, temos que ser muito incisivos, frontais e determinados a “atacar” o problema:



• Fazer sentir aos jogadores em questão que em primeiro lugar está a equipa;

• Comunicar com grande determinação que existem regras de comportamento colectivas e que a comunicação profissional terá que existir com fluidez;

• Ser muito claro em dizer que quem quebrar as regras do bom funcionamento da equipa será duramente penalizado; • Agir com total intransigência com qualquer dos jogadores, independentemente do estatuto do mesmo. Muitas vezes nestas situações cede-se à tentação de tentar resolver o problema “separando” os jogadores, inclusivamente de espaço físico no balneário. Mal, a partir daqui vamos ter dois grupos na equipa ao lado de cada jogador e é o caminho para ficarmos com a equipa “partida”. A clarificação do problema ao grupo e respectivas regras e inflexibilidade para as mesmas é o caminho para resolver este tipo de conflitos. Pela minha experiência, como pessoa do futebol, posso afirmar convictamente o seguinte: prefiro uma equipa com grande solidariedade dentro do campo do que uma equipa com bom ambiente social! Esta frase pode parecer estranha, mas passarei a explicar! Como jogador, recordo-me de pertencer a uma equipa cujo ambiente social era péssimo, horrível! No entanto, estes mesmos jogadores que tinham uma péssima relação entre si na vida social e inclusivamente no balneário, dentro do campo eram uns campeões, tendo um excelente espírito de equipa e uma solidariedade a roçar o excelente! Como treinador já passei pelo contrário! Uma Equipa na qual os jogadores tinham um excelente ambiente de balneário. Partilhavam a vida social, juntavam inclusivamente muitas vezes as famílias. Os conflitos entre eles eram nulos e todos vivam em harmonia! Mas tinham um problema, a solidariedade e a entreajuda que mais me interessa, dentro do campo, como “irmãos de guerra”, era nula.






De tudo o que foi dito podemos concluir o seguinte:

• Os conflitos numa equipa são quase que inevitáveis e não podem ser vistos como dramáticos;

• Devemos assumir uma atitude preventiva e para isso devemos ter a capacidade de saber ouvir todos os intervenientes;

• Como líderes, devemos ter a capacidade de lidar como os problemas, tentando mediar e soluciona-los com descrição;

• Se este persistir, devemos enfrentá-lo com determinação em frente ao grupo, definindo claramente as regras que abrangem todos e as penalizações para quem não as respeitar;

• Como líderes queremos acima de tudo eficácia! Essa eficácia vem do desempenho dos jogadores dentro do campo;

• É a solidariedade, a comunicação e o sentido de equipa que devemos preservar intransigentemente;

• A solidariedade social é importantíssima, mas não é decisiva;


É melhor ter um grupo de guerreiros preparados para lutar por uma causa no qual existam alguns elementos que não se falem, do que um conjunto de amigos e bons rapazes apenas preparados para ir para um… jantar!